BLOG CARNAVAL BH. O CARNAVAL DA NOSSA BH . FUNDADO EM 2004

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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Conheça a carta aberta da Cidade Jardim ao prefeito Alexandre Kalil



A pedido do GRES. CIDADE JARDIM, o BLOG CARNAVAL BH, esta divulgando a carta aberta da agremiação ao prefeito da cidade Alexandre Kalil. O Blog lembra que as informações contidas são de responsabilidades da agremiação bem como o texto abaixo , seguimos aqui nosso jornalismo imparcial e aberto a todas as agremiações. 


Senhor prefeito Alexandre Kalil,

Belo Horizonte é a grande novidade entre os carnavais do Brasil. A capital mineira vive um crescimento vertiginoso da sua folia e hoje já se coloca novamente entre os destaques nacionais. Junto com fortalecimento dos blocos de rua, o desfile das escolas de samba também ganha mais protagonismo a cada ano. Mas é com profundo pesar que a Escola de Samba Cidade Jardim vem a público manifestar sua indignação quanto ao julgamento do desfile das escolas de samba de Belo Horizonte, realizado na ultima sexta-feira (17/02), no Parque Municipal. Todo o processo apresentou sinais claros de manipulação para privilegiar a Escola de Samba Canto do Alvorada, que de forma ilegítima foi declarada vitoriosa pela Belotur.

Cabe ressaltar que o processo apresenta irregularidades antes mesmo das escolas pisarem na avenida, na terça-feira de Carnaval. A Canto da Alvorada decidiu não desfilar em 2017, o que necessariamente teria que repercutir em algum tipo de punição neste ano. Mas o confuso regulamento elaborado pela Belotur fez questão de proteger a referida escola. Ao invés de punida, ela ficou em situação de vantagem sobre as outras, que até o final do ano estavam pagando dívidas do desfile do ano anterior, enquanto ela teve dois anos pra preparar a sua apresentação.
Mesmo em situação privilegiada, sua superioridade não foi demonstrada na avenida, pelo contrário. Após dez minutos em que havia entrado na passarela, a Belotur interrompeu a apresentação alegando problemas técnicos. Vale registrar que não aconteceu nada semelhante com os 11 blocos caricatos e outras cinco escolas. Segundo denúncias, a paralisação teve como objetivo aguardar um destaque na Canto da Alvorada que havia se atrasado.

Na última sexta-feira, na cerimônia da apuração do resultado, ficou nítida a íntima relação da Escola Canto do Alvorada com representantes da Belotur e a firma julgadora contratada pela Prefeitura para coordenar a avaliação. As três partes estavam reunidas atrás do palco antes do anúncio do resultado. Estava presente na conversa um ex-diretor da Belotur, que atualmente é assessor do vereador Léo Burguês, líder do prefeito na Câmara e apoiador da Canto da Alvorada. Ao começarem a ser lidas as notas, ficou mais claro todo o processo de manipulação. Como o resultado já estava determinado, a situação levou a grande constrangimento aos que estavam lendo as notas.

Dali para frente o que se viu foi um processo vexatório. Numa cena que entrará para a história do nosso carnaval, como um dos seus capítulos mais tristes, o telão que mostrava o resultado foi desligado, seguido de um silêncio dos que anunciariam o resultado. Após manifestação de revolta de membros da nossa Cidade Jardim, constrangidos, os representantes da Belotur anunciaram uma decisão que colocava nossa escola em 4o lugar e a Canto da Alvorada, claro, em primeiro. A ausência do presidente da Belotur, Aluizer Malab, que entregou o troféu dos blocos caricatos e retirou-se da parte mais importante da cerimônia de apuração, simbolizou a vergonhosa situação ocorrida.
Aquele placar contrariava a própria leitura manipulada das notas feita anteriormente e a atitude dos representantes da Cidade Jardim foi a de se retirar do local em protesto e não aceitação do resultado. Após algum tempo, já com a escola fora do local de apuração, a comissão julgadora voltou atrás e anunciou a Cidade Jardim em segundo lugar.

Entretanto, não será este recuo da Belotur que vai nos fazer calar. Quando a Cidade Jardim tomou a difícil decisão de fazer esta denúncia foi pensando não na própria escola, mas no respeito e legitimidade do Carnaval de Belo Horizonte. Nossa escola tem uma tradição de 57 anos. Já fomos campeões e já fomos rebaixados, mas sempre primamos pela hombridade.
Se a intenção da Prefeitura é realmente investir no Carnaval e tratá-lo com respeito e honestidade tem que tomar uma atitude enérgica e imediata. Abrir uma sindicância para apurar a capacidade e idoneidade da firma julgadora contratada pela Belotur, assim como investigar a forma em que foi realizada a sua contratação. Apurar também o possível tráfico de influência exercida por representantes do executivo e do legislativo municipal no processo de julgamento do resultado da disputa das escolas de samba.
Certos de estar exercendo o pleno exercício de cidadania e em nome do Carnaval de Belo Horizonte, esperamos que a atitude do Prefeito Alexandre Kalil seja de apurar as denúncias e não deixar seu governo ser manchado por aqueles que colocaram seus interesses individuais acima dos interesses públicos.

Belo Horizonte, 18 de fevereiro de 2018
A diretoria da Escola de Samba Cidade Jardim

1 comentários:

  • Eduardo R. Bavose says:
    20 de fevereiro de 2018 às 09:58

    A Escola de Samba Estrela do Vale, através de sua Diretoria endossa integralmente este manisfesto do GRES Cidade Jardim, tendo em vista que mesmo antes da apuração ocorrida na sexta feira já havia tomado conhecimento do resultado, onde apareceria o GRES Canto da Alvorada em primeiro lugar, e a Estrela do Vale em quarto. Tal fato foi comunicado ao Diretor de Eventos da Belotur às 14:00 do dia 16/02/2018, sabíamos inclusive qual seria o quesito que iriamos ter a nota mais baixa, e também qual será a justificativa de um dos jurados para a nota de Bateria (Falta de afinação dos Instrumentos).
    Na reunião onde nos foi apresentada a lista com o jurados comunicamos à Diretoria da Belotur que ela não estava cumprindo o acordado com as Escolas de Samba, que era manter o quadro de jurados que atuou no carnaval de 2017, e que manter a lista que ela estava apresentando com jurados todos de Belo Horizonte, poderia trazer graves prejuízos para a lisura do concurso. Mesmo porque não fazia o menor sentido contratar uma empresa para fornecimento de corpo de Jurados, se os mesmos foram indicados pela própria Belotur.
    Esperamos que este episodio sirva para que nos próximos carnavais tais fatos não voltem a acontecer e tenhamos um concurso realmente imparcial e não paire nenhuma duvida quanto ao resultado.

    Atenciosamente,

    Eduardo R Bavose - Tesoureiro do Gres Estrela do Vale